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Boletim 2178 – Salvador, 02 de abril de 2020
É certo que a crise do covid-19 que acomete o mundo vai mudar muitos paradigmas sociais, políticos e econômicos. É só ver em qual porta estão batendo os empresários que tanto defendem o estado mínimo, observar que são nos países mais ricos do mundo onde a pandemia está provocando as maiores tragédias neste momento ou perceber como agora muitos antes ignorantes estão dando importância para o fortalecimento de um sistema de saúde como o SUS em um país tão desigual como é o Brasil.
No início da tarde desta quinta (02), quando o mundo já contabilizava mais de 50 mil mortes e quase 1 milhão de infectados (veja dados compilados em tempo real pela Universidade Johns Hopkins), não deve haver sequer um ser humano consciente de seu papel cidadão que não esteja pensando naquelas pessoas menos favorecidas, que ao final da crise do coronavírus serão o público mais atingido pela pandemia.
Visão ampla
O Sindsefaz, que se notabiliza por praticar uma visão mais ampla da luta política e sindical, compreende que neste momento conta muito a ação solidária que cada um de nós pode exercer, para ajudar os que mais precisam. Por isso, tem incentivado iniciativas neste sentido e tem discutido em sua diretoria como podemos atuar e fazer a nossa parte.
A crise que atinge os setores econômicos alcança também as organizações sociais que são legitimadas na assistência a idosos, crianças, moradores de rua e outros segmentos vulneráveis da população. E repercute fortemente nos hospitais públicos, que já são carentes de insumos e recursos humanos, mas é para onde irão a maior parte dos infectados pelo covid-19.
É bom lembrar ainda que trabalhadores informais estão sem renda (como aquele vendedor de lanche e/ou almoço que fica na porta das repartições públicas ou nas concentrações de lojas e escritórios), que os governos são lentos e muitas vezes insensíveis à realidade dos mais pobres (basta ver a proposta feita pelo governo federal semana passada de permitir o corte de até 4 meses de salário), que empresas estão demitindo (como fez uma famosa rede de restaurantes, que demitiu 600 essa semana), que os bancos aumentaram os juros para lucrar durante a crise e que pessoas físicas estão liberando seus funcionários(as) diaristas sem manter remuneração.
Seja solidário
Neste sentido, pedimos a todos os fazendários que dentro das suas possibilidades ajudem organizações ou diretamente a pessoas carentes. Se cada fazendário associado ao Sindsefaz doar uma cesta básica, por exemplo, serão quase 3 mil famílias assistidas ou 12 mil pessoas, pelo menos. Há pessoas que não têm dinheiro para comprar sequer um sabonete, tão importante para a higienização das mãos.
O Sindicato pede também que os colegas apresentem sugestões do que mais podemos fazer para ajudar os mais necessitados nessa crise que se anuncia mais longa do que parecia no início. A diretoria do Sindsefaz debate neste momento a oportunidade de doar uma quantidade de cestas básicas ou adquirir máscaras a serem ofertadas ao Estado da Bahia, como forma de dar uma efetiva contribuição.
O momento é extraordinário. Nossa ajuda é bem vinda e necessária. Utilize o email solidariedade@sindsefaz.org.br e nos envie sugestões. Mande também para a gente relato e imagem de sua experiência solidária. Sua ação vai incentivar outros colegas a fazerem o mesmo.
