Boletim Eletrônico nº. 1100 – Salvador, 31 de julho de 2015
Road Show
Na linguagem de negócios se chama road show o evento para divulgação de um determinado serviço ou produto. A Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-Ba) realizou um desses eventos, no último dia 27 de julho, sobre um aplicativo de informática, de Business Inteligence, que em bom português nada mais é do que um programa capaz de reunir dados de diversas fontes, analisá-los, organizá-los e os disponibilizá-los para toda a Sefaz-Ba.
Essa é uma atividade corriqueira no mundo corporativo e não haveria nada demais se quem a organizou tivesse tomado cuidados simples, como o de exibir o termo de confidencialidade por parte da empresa, uma vez que dados sobre contribuintes foram manipulados durante o evento e, como se sabe, essas informações estão protegidas por lei (sigilo fiscal – Art. 198 do CTN).
Como não se falou sobre isso, se entende que não foi acordado tal termo. E tal incúria, (mesmo que se disponibilize futura notícia sobre a existência do referido termo) compromete eventual licitação sobre esse serviço, já que essa empresa passa a dispor de uma vantagem que os outros competidores não terão.
Não bastasse isso, parece que o Administrador Tributário desconhece que a Sefaz-Ba já conta com um software que dá suporte a esse tipo de consulta, que é o Cognus. É digno de nota, que auditores fiscais desenvolveram por conta própria outro aplicativo, o PPF, que também é uma ferramenta tecnológica apta a realizar o mesmo fim do programa exibido, só que sem custo algum para a Sefaz-Ba.
O Sindsefaz volta a chamar a atenção para o modo pouco transparente que vem se arrastando o chamado Sefaz on line, uma colagem pouco criativa e com flagrantes erros conceituais de projetos do Redesenho de Processos da área tributária. A falta de critérios para escolha de um simples programa de informática revela o amadorismo na condução desse projeto.
Sindsefaz
Consolidando Vitórias