CUT e Centrais Sindicais celebram 1º de maio com Ato cívico em defesa dos direitos trabalhistas

O líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto afirmou que o PT não irá ser leniente com o retrocesso. “Sempre defendemos e vamos continuar defendendo o trabalhador e a trabalhadora. Não ao retrocesso. Não ao PL 4330”, disse.

Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) o dia foi de luta para honrar os heróis do 1º de maio. “Vamos dizer não ao Projeto que precariza e rasga a CLT imposto pelo lord das trevas, Eduardo Cunha. Eu sou da geração que lutou contra a ditadura. Vamos juntos com a juventude dizer não ao golpe que querem dar na democracia”, afirmou.

Abaixo ao PL 4330 e às Medidas Provisórias 664 e 665
Esse foi o mote da festa. Todos os discursos giravam e torno do Projeto de Lei 4330/2004 aprovado pelo Congresso que precariza o trabalho e retira direitos importantes de todos trabalhadores e trabalhadoras ao permitir a terceirização sem limites, em todas as funções e em qualquer empresa e setor foi o ponto principal do Ato Político promovido pela CUT Bahia em parceria com as outras Centrais. “O Brasil dá exemplo na união das centrais nessa data de fundamental importância. Estamos contar o PL 4330, contra as MP’s 664 e 665, mas também queremos comemorar a lei das domésticas, a lei anticalote, que conquistamos na Bahia e outras conquistas importantes da Classe Trabalhadora. Hoje aqui nós alertamos os trabalhadores sobre os riscos e as inseguranças do país com essa tentativa de golpe que querem deflagrar no Brasil. Fizemos esse grande ato hoje e vamos fazer um Dia Nacional de Mobilização no dia 29 de maio, rumo á greve geral”, explicou o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva.

A Medida Provisória 664 que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte e a Medida Provisória 665 que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial também foram lembradas e os trabalhadores e dirigentes sindicais cobraram a imediata revogação das MP’s. “Somos contra a política de ajuste fiscal que penaliza o trabalhador e a trabalhadora e gera desemprego e recessão. Defendemos a taxação das grandes fortunas como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso País”, afirmou Lourival Lopes, coordenador do Sindpec.

Dia Nacional de Paralisação 29 de maio

Durante o ato do 1° de maio, o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, anunciou a convocação do Dia Nacional de Paralisação para o dia 29 de maio, em mais uma etapa da jornada unitária de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, rumo à Greve Geral.

O dia 29 de maio será um dia de mobilização em todo o país contra o PL 4330 – que agora vai ao Senado – pela retirada das MPs 664 e 665, pelo fim do Fator Previdenciário, que constituem a pauta imediata de defesa dos direitos da classe trabalhadora hoje ameaçados. Ele se combina com a atividade permanente de pressão sobre parlamentares e governos na defesa intransigente de nossos direitos, que devem ser ampliados, jamais reduzidos.

Shows e Festa

Além do ato político, o Dia do Trabalhador foi pensado para alegrar boa parte da população baiana que reservou esse dia para se descontrair. Além dos discursos políticos a 1ª edição do Festival de Música Popular: Somos a Democracia reuniu diversos artistas em shows musicais que atraiu a população ao Terreiro de Jesus e foi considerado um sucesso. “Vim aqui hoje porque trabalho como cobradora todos os dias e hoje, no eu descanso estou aqui curtindo Adelmário Coelho e protestando contra o retrocesso.  Eu mereço esse momento de descontração”, disse a cobradora Debora Costa. Passaram pelo palco as bandas Só Nós do Pagode, Sambah Violeta, Fora da Mídia, Kart Love e o forrozeiro Adelmário Coelho.

Além da direção estadual da Central Única dos Trabalhadores e das demais centrais, marcaram presença Dorinha, ex-presidente e uma das fundadores da CUT, os vereadores petistas Gilmar Santiago e Moisés Rocha, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), o ex-presidente da CUT e atual vereador de Salvador, Everaldo Augusto (PCdoB), e o também ex-presidente da CUT Bahia e atual secretário de Relações Institucionais da Bahia, Martiniano Costa, que representou o governador Rui Costa e em seu discurso afirmou que o “governo tem lado e que este lado é o do trabalhador”. O Ato político foi encerrado com a execução do Hino Nacional.
em 01/05/15