A procuradora Mirella Aguiar, integrante do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal, afirmou, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” na segunda-feira (4), que não há possibilidade de pedir a quebra de sigilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.“A quebra de sigilo é algo que a Justiça não costuma dar com base em notícias anônimas e equiparo um pouco a reportagem jornalística a uma notícia dessas porque não temos prova nenhuma”, explicou.Em publicação no último final de semana, a revista “Época” informou, na capa e de forma errônea, o Ministério Público teria aberto uma investigação na qual o ex-presidente Lula seria “formalmente suspeito” por dois crimes.À revista “Época”, Mirella havia informado que há um “procedimento preliminar”, decorrente de representação de um único procurador, de uma notícia de fato. Segundo ela explicou, o procedimento poderá ou não desdobrar-se em investigação, assim como também poderá ser simplesmente arquivado.“Qualquer tipo de invasão da esfera da intimidade, da privacidade do investigado tem que ser fartamente fundamentada. Quando se faz a pergunta se isso daqui poderia gerar uma quebra de sigilo, a inexistência de provas neste momento não autorizaria”, garantiu a procuradora ao jornal “Estado de S. Paulo”.Em nota divulgada também na segunda, o Instituto Lula listou as sete principais mentiras da revista “Época” contra Lula.O Instituto Lula informa que a revista mentiu ao dizer que o Ministério Público teria aberto uma investigação na qual o ex-presidente Lula seria “formalmente suspeito” de dois crimes.
em 05/05/15