Boletim 1824 – Salvador, 25 de janeiro de 2019
Inconformados com o fechamento da Inspetoria da Fazenda em Ilhéus, fazendários e a comunidade ilheense farão uma manifestação nesta segunda (28), em frente ao prédio do Banco do Brasil, no centro da cidade. Eles exigem do governo que a Infaz não seja fechada.
Em Ilhéus, até o momento, ninguém entende como uma cidade desse tamanho, com enorme potencial econômico – aeroporto, em vias de implantar um grande porto, uma zona de processamento de exportação e ser o destino final da FIOL, com um comércio forte e um polo de informática -, terá a inspetoria fazendária desativada.
Setores econômicos do município reclamam pois agora terão que se deslocar a Itabuna para resolver suas demandas. Vale ressaltar que Ilhéus foi a inspetoria pioneira da Sefaz no interior da Bahia. Nos tempos áureos da cacauicultura, o município chegou a representar 30% de toda arrecadação da Bahia. Nos últimos anos, a cidade vem recuperando sua importância econômica, com forte investimento nas áreas de agricultura, indústria, turismo e comércio.
O protesto em Ilhéus é mais uma iniciativa de segmentos organizados e do Sindsefaz para alertar o governador Rui Costa da forma açodada e antidemocrática como se deu a decisão de fechamento de várias inspetorias. Importantes municípios baianos ficarão a quase 300 km da inspetoria responsável por sua área.
Fazendários, prefeitos e até empresários alertam que as sedes que perderão a inspetoria podem sofrer impacto negativo em termos de repasses do ICMS. Por exemplo, Ilheus e Santo Antonio de Jesus, que agora ficarão vinculados às Infaz de Itabuna e Cruz das Almas, são cidades que possuem uma economia pujante e terão sua importância relativa diminuída, uma vez que a fiscalização, com o fechamento da Infaz, tende a se fragilizar, pois o monitoramento do fisco será menor. O resultado é direto na repartição do bolo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias a ser repassado.