Boletim 1839 – Salvador, 22 de fevereiro de 2019
Os fazendários de Jacobina estão impressionados com a completa ausência de visão de Recursos Humanos do Gabinete da Sefaz, que até hoje não conversou com os fazendários da cidade sobre o fechamento da Infaz. Essa foi uma das queixas ouvidas pela diretoria do Sindsefaz em reunião ocorrida na manhã desta sexta (22).
Em si é um fato grave, se fechar uma repartição pública por decreto, sem estabelecer nenhum diálogo prévio ou posterior à decisão com os principais envolvidos. Mas isso não aparece no radar que guia a atual gestão da Sefaz. Talvez por lá se dê por suficiente o envio de um material não oficial para que inspetores possam ler durante entrevista à imprensa.
Ao cabo, os servidores da Sefaz das nove cidades que tiveram a Infaz desativada foram tratados como apenas um detalhe. Até hoje, não sabem se serão transferidos, não sabem se terão um local de apoio para realizarem seu trabalho, não sabem sequer como ficará o trabalho etc. Sabem só que os postos do SAC farão o serviço que era feito na Inspetoria. Se perguntam como isso ocorrerá, uma vez que não há estrutura, a exemplo de Jacobina, onde o ponto da Secretaria no Serviço de Atendimento ao Cidadão mal cabe as duas servidoras que lá já trabalham.
Metade do quadro de fazendários lotada em Jacobina já decidiu pedir sua aposentadoria, desistindo de pagar para ver como vai ficar uma situação que se desenha caótica no futuro. No final, a tal medida de contenção de custos apresentada ao governador (que tem este tipo de notícia como um manjar) custará caro aos cofres públicos, que perderá com a queda na arrecadação nas regiões que serão mal assistidas pela Sefaz a partir de agora. Pagarão os servidores (com mais arrocho) e os baianos, com menos serviço público.
É lamentável, mas não resta outra conclusão: a Sefaz rola ladeira abaixo.