Boletim 1956 – Salvador, 12 de agosto de 2019
Nesta terça (13), estudantes e professores de todo o Brasil voltam a paralisar atividades, na terceira etapa da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Educação. O ato é promovido pela União Nacional dos Estudantes (UNE), com o apoio da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e das entidades de professores de nível médio e superior.
Até esta segunda (12), já estavam confirmados 129 atos em todas as capitais e diversas cidades do interior (veja aqui), o que dá a dimensão do alcance dos protestos contra os cortes de verbas nas instituições federais de ensino e a proposta do governo federal de promover a privatização das universidades.
Os fazendários, através da diretoria do Sindsefaz e de ativistas políticos da categoria estarão presentes no ato que acontece em Salvador, a partir das 9h, com concentração na Praça do Campo Grande. O desmonte da educação faz parte de um plano maior de ataques ao serviço público, visando também dificultar o acesso do povo ao ensino superior, tal qual ocorria até o início deste século.
Depois de cortar entre 30% e 45% das verbas das instituições federais de ensino, o governo apresentou o projeto FUTURE-SE. Este planeja entregar a administração das universidades e institutos a uma “Organização Social”, fundações privadas que substituiriam a gestão democrática que temos hoje (conselhos, colegiados, departamentos etc), passando a administrar todos os bens e a contratar professores sem a realização de concursos públicos.
O ataque à educação soma-se a tantas outras mazelas deste governo, que impõe a malvadeza aos trabalhadores com sua reforma da Previdência que impedirá uma aposentadoria digna, destrói o meio ambiente, criminaliza as populações indígenas, desmonta as políticas sociais, entrega o petróleo a empresas estrangeiras e fragiliza o país no plano internacional com a submissão aos EUA.
Por tudo que este governo representa de risco ao futuro da Nação, vamos às ruas nesta terça (13), 9h.