Reafirmando seu compromisso com as lutas em defesa da democracia, o Sindsefaz participa nesta quarta (26) da plenária de mobilização para a 6ª Marcha do Silêncio, ato que marca um protesto contra o golpe militar de 1964, que instalou uma ditadura por 21 anos. A plenária será realizada às 17h, no Sindicato dos Bancários da Bahia, em Salvador. O ato reunirá diversas entidades sindicais e movimentos sociais.
A plenária tem como objetivo alinhar estratégias para a manifestação que ocorrerá no dia 1º de abril. O protesto, que enfatiza a luta pela memória, resistência e justiça pelas vítimas da ditadura militar, sairá às 14h30 da Praça da Piedade numa caminhada que percorrerá a Avenida Joana Angélica, reunindo parentes, amigos e ex-companheiros dos 32 desaparecidos baianos durante o governo cívil-militar. O cortejo será formado também por representantes de partidos, sindicatos e organizações que defendem os direitos humanos. O percurso seguirá em direção ao Campo da Pólvora até o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Baianos.
Neste ano, o lema da Marcha do Silêncio fará alusão ao filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata a história de Eunice Paiva, mulher que lutou pela memória do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante o regime militar. A obra, que venceu o Oscar de melhor filme internacional e também ganhou diversos outros prêmios internacionais, vem sendo reconhecido pela retomada do debate sobre os crimes cometidos no período da ditadura.
A Marcha do Silêncio representa um ato simbólico de memória ao golpe de 1964, que completará 61 anos no próximo dia 31 de março, lembrando a importância de não permitir o esquecimento e a negação da história.

Salvador, 26 de março de 2025 | Boletim 3134