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371 – Crise econômica mundial e o Projeto do Fisco..

Boletim Eletrônico nº. 371 – Salvador, 04 de fevereiro de 2009

OPINIÃO

Crise econômica mundial e o Projeto do Fisco (17.713/2008)

O pior já passou ou os números ainda vão ficar ainda mais desoladores?

O presidente Lula já admitiu que pode haver uma retração da economia este ano. Ele vinha falando em crescimento para este ano. Mas ontem, 03/02, num discurso no Rio de Janeiro, admitiu que a economia deve encolher. Ainda assim procurou demonstrar otimismo.

“Nós temos um problema que é nosso, que é o problema do crédito, que nós estamos trabalhando para resolver. O dinheiro que nós disponibilizamos do BNDES e o dinheiro do PAC, tudo isso vai manter a economia brasileira numa atividade muito grande”, apontou o presidente.

O Cenário econômico no Brasil e no mundo

Os efeitos da crise que assolou os mercados mundiais derrubaram a produção industrial no Brasil no segundo semestre de 2008. Em dezembro, o recuo foi de 12,4% na comparação com novembro. É a queda mais acentuada desde que a pesquisa começou a ser feita em 1991.

O desempenho do setor de automóveis, que representa um quarto da produção industrial brasileira, caiu quase 40%.

A indústria de calçados de Franca/SP teve 11 mil demissões no segundo semestre de 2008. Numa indústria de motores de São Paulo trabalhadores concordaram com a redução de 17,5% nos seus salários.

A japonesa Panasonic anunciou que vai acabar com 15 mil postos de trabalho no mundo antes de março de 2010. A empresa espera um prejuízo de 380 bilhões de ienes (US$ 4,2 bilhões) no ano que termina em 31 de março, a primeira perda anual em seis anos. Anteriormente, havia previsto lucro de 30 bilhões de ienes para o período.

A Perdigão anunciou que concederá férias coletivas a um total de 2.780 funcionários, em duas unidades da empresa localizadas no Rio Grande do Sul.

A empresa petrolífera europeia BP anunciou um prejuízo de US$ 3,344 bilhões no quarto trimestre de 2008. Um ano antes, havia ganhado US$ 4,399 bilhões.

Bens de capital e Bens duráveis em vertiginosa queda no Brasil

Na produção industrial brasileira os bens de capital (bens que geram outros bens – máquinas e equipamentos) tiveram uma queda de 24% de dezembro/08 em relação a novembro/08. Os bens de consumo duráveis (carros, eletrodomésticos e outros) tiveram uma queda 35%, neste mesmo período.

Já somamos 650 mil desempregados no país.

Diante deste quadro indica-se uma queda do PIB brasileiro, no último 4º trimestre de cerca de 2%.

* Informações adquiridas da EFE e do Valor Online

Queda de arrecadação X avanços salariais do Fisco da Bahia

Os dados do IBGE podem ser sombrios, mas o cenário econômico ainda está indefinido para alguns setores. Nas indústrias, das linhas de produção, as notícias que chegam são contraditórias. Alguns setores já estão em recuperação. Outros ainda parecem longe de se reerguer da crise.

Porém, é fato que a atividade comercial está em baixa e já se conta com uma expressiva queda de arrecadação no país, especialmente nos Estados. Então, como ficarão neste contexto os servidores públicos? E os servidores do grupo Fisco?

O que parece ser realmente inevitável para os auditores fiscais e agentes de tributos é que esses não podem aguardar “tempo ruim” (ou tempo pior) e devem lutar intensamente para que a Assembléia Legislativa aprove o Projeto do Fisco – 17.713/2008 – imediatamente após o seu início dos trabalhos legislativos em 16 de fevereiro próximo, sob pena de se constituírem na única categoria do funcionalismo estadual sem uma proposta salarial para os próximos anos.

OBAMA e a apologia à sonegação na Bahia

O Presidente eleito dos EUA se defronta com a primeira crise política do seu governo, logo nos primeiros 15 dias. Trata-se das indicações que pretendia fazer para finalizar a composição de sua equipe de governo.

No entanto, denúncias que partiram do Senado dos Estados Unidos atrapalharam os planos de Obama. E tudo porque a sociedade americana não é nada tolerante com aqueles que sonegam os seus impostos.

Foram “decapitados” para formar a equipe de Obama:

Tom Daschle, o ex-líder democrata no Senado. Daschle assumiu que sonegou o imposto de renda. Pagou os mais de US$ 140 mil em impostos antigos e juros, mas o estrago já estava feito.

Nancy Killefer, que ocuparia o cargo de supervisora do orçamento da Casa Branca, já havia desistido do convite, também por problemas com o fisco. Nancy deixou de pagar US$ 300 em despesas com babá e empregada. Bill Richardson também já tinha sido pressionado a desistir da secretaria de comércio, acusado de ter favorecido uma empresa doadora de campanha.

Apenas Timothy Geithner foi salvo. Ele acumulou dívidas fiscais de mais de US$ 30 mil. Geithner pagou a despesa e convenceu os congressistas de que a sonegação não foi intencional. Mas ouviu poucas e boas na sabatina do Senado.

Vale lembrar do gângster Alphonsus Gabriel Capone (Al Capone) que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas e só foi condenado pela justiça americana, em 1931, com 11 anos de reclusão, por sonegação de impostos.

E na nossa Bahia?

Enquanto a intolerância contra o crime de sonegação impera em outra parte da América e embora a imensa maioria dos baianos não aceite a prática desse crime, a cada dia fica mais claro à sociedade civil organizada que alguns grupos constituídos no seio dos trabalhadores, com interessos outros, se arvoram a defender sonegadores. Isso é uma vergonha!

Apologia à sonegação é demais!!!!! FAZENDA LEGAL, SIM.


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