Boletim Eletrônico n°. 745 – Salvador 21 de junho de 2012
“Fluídos” do Redutor Salarial e da Redução do Ponto da GF rondam a Sefaz
A semana dos festejos de São João será de muita reflexão para os fazendários.
A falta de respostas do governo para abertura de negociação em torno dos interesses dos auditores, agentes e técnicos, aliada as últimas decisões em torno da gestão na Sefaz trouxeram para o cotidiano da categoria apreensões e dúvidas.
Qual será mesmo a intenção do governo em modificar o seu corpo de gestores da Sefaz e qual a ligação entre este fato e a falta de negociação na Fazenda?
Os fazendários carregaram com afinco a responsabilidade de fazer este estado avançar em conquistas para a população. E, diga-se de passagem, os resultados da arrecadação, podem até melhorar, mas são ótimos comparados há outros tempos, não tão longínquos assim. Então o fruto do trabalho do auditor, do agente e do técnico tem que ser valorizado à altura do seu comprometimento com a coisa pública. E não dificultado ou desprezado pelo governo, como parece que está sendo neste momento.
O que se teme pelos corredores da Sefaz é que a postura do famigerado Redutor Salarial e da redução do valor do ponto da GF tomem corpo na Sefaz, relembrando péssimos tempos de opressão e perseguições políticas e grandes perdas salariais.
O Sindsefaz lamenta que o novo rumo implementado na Sefaz, após uma gestão vitoriosa nos últimos 05 anos que nos fez avançar para significativas conquistas salariais, possa estar sendo cirurgicamente desmontado. Isso, certamente, nos forçará a um posicionamento mais duro em defesa da categoria.
Afinal de contas, foi com muita luta e sacrifício que conquistamos o retorno do valor do ponto da GF para 3% em 2008 (parcelado em três vezes), que havia sido reduzido em 2005, propositadamente, e tendo alguns gestores atuado como protagonista e, deliberadamente, contra a categoria fazendária.
E o currículo de prejuízos à categoria por esses gestores é imenso, como o não pagamento de CET e PDF aos aposentados e desatenção absoluta aos interesses dos técnicos administrativos da Sefaz, dentre outras grandes MALVADEZAS.
Vale a pena ler de novo
Vale lembrar também que, ainda hoje, aguardamos a finalização do processo do Redutor Salarial, imposto em 1995 pelos mesmos “mágicos” gestores que hoje se recolocam à disposição para prestar serviços ao governo Wagner.
Por tudo isso, hoje, ironicamente, por causa desses “iluminados” gestores que “inventaram a roda que só gira para poucos” muitos fazendários não querem ou podem se aposentar.
Tomara seja mera coincidência que as mudanças que vêm ocorrendo na Sefaz não sejam uma resposta à luta que os fazendários encaminham hoje em torno do Teto Salarial, das Promoções, da Carreira Específica dos Técnicos, das melhores condições de trabalho e por ganho real de salário.
Já conhecemos o estilo de quem sempre atuou para massacrar financeiramente os trabalhadores e perseguir politicamente quem ousava questionar ou reivindicar.
Estes fluídos ruins, que julgávamos no passado, podem até rondar a Sefaz, mas encontrará dura resposta da categoria e do seu legítimo representante se quiserem prejudicar a nossa categoria. A história mostra que não temos medo de autoritarismo e endurecimento político.
Em 2005, sob o julgo arrogante e prepotente do governo do atraso, realizamos uma greve de 10 dias na Fazenda e a categoria se lembra de quando os dirigentes do Sindicato foram impedidos de adentrar ao prédio-sede, esperando por 04 horas na escada do terceiro andar por uma audiência que não aconteceu.
Está na lembrança o comportamento dos dirigentes da Sefaz naquele ano, porém é mais forte na história a capacidade de lutar e reagir do Sindicato e dos fazendários.
Conselho Sindical e Assembleia Geral
Diante da falta de evolução nas negociações em torno da pauta de reivindicações, e diante das novas mudanças que apontam endurecimento político na Secretaria, o Conselho Sindical do Sindsefaz vai se reunir para discutir os encaminhamentos da luta e aprovar as mobilizações para alcançar os pleitos.
A pauta é conhecida, já foi debatida exaustivamente com o governo, é justa e não representa grandes acréscimos nos gastos com pessoal e não carece de qualquer novo debate. A Sefaz precisa apenas dar uma resposta à categoria, porque já são dois anos de conversa, sem solução.
Outras categorias vêm negociando os seus pleitos recentemente com o governo e alcançando ganhos. É lamentável que aqueles que promovem sucessivos recordes de arrecadação dos recursos que fazem a máquina estadual funcionar tenham tantas dificuldades em negociar as suas reivindicações.
O Conselho Sindical acontece no dia 3 de julho, na sede da entidade e a assembleia geral está marcada para o dia 13 de julho, em local ainda a ser divulgado.
As reflexões serão muitas, como já foi dito, mas uma certeza é reinante no seio dos fazendários: governo, queremos negociação, já. Queremos novos avanços na Sefaz!
AVANTE FAZENDÁRIOS!
Sindsefaz
Consolidando Vitórias