Boletim 1923 – Salvador, 28 de junho de 2019
No dia 29 de junho de 2010, o sindicalista Paulo Colombiano, tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários e sua esposa, a também militante de esquerda Catarina Galindo, foram brutalmente assassinados em frente ao prédio onde moravam, no bairro de Brotas, em Salvador. Nove anos depois, os três executores e dois mandantes do crime continuam soltos.
Por isso, a CTB-Bahia realizou um protesto nesta sexta (28), em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora, para cobrar justiça pelo assassinato do casal. De acordo com a Polícia, o crime foi motivado pela atuação de Colombiano à frente da Tesouraria do Sindicato dos Rodoviários da Bahia. Ele teria descoberto irregularidades no plano de saúde da categoria, que era administrado pela MasterMed, com desvios que chegavam a R$ 35 milhões entre 2005 e 2010.
Segundo as investigações, foram os donos da empresa, o oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana e seu irmão, o médico Cássio Antônio Ferreira Santana, que mandaram matar Paulo e Catarina. A execução ficou a cargo de seus funcionários, Daílton Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza. Os acusados chegaram a ser presos, mas foram liberados para responder ao inquérito em liberdade, fato que revoltou a família e amigos.
Em 2014, o Tribunal de Justiça da Bahia chegou a anunciar que os réus iriam a júri popular, mas os acusados recorreram da decisão. Atualmente, aguarda-se a designação de um procurador de Justiça para se manifestar sobre o caso e, após isso, os recursos da defesa e da acusação serão julgados. Depois que houver o julgamento, caso os acusados sejam condenados, ainda cabem recursos a instâncias superiores, que podem garantir por tempo indeterminado a liberdade dos criminosos até uma decisão definitiva em um dos fóruns da Justiça.
Com informações da CTB Bahia