Os representantes dos sindicatos de servidores públicos, organizados na FespeBahia, se reuniram na manhã desta segunda (08) com a deputada Olívia Santana, na sede da Liderança do PCdoB. O Sindsefaz participou deste encontro, que debateu os projetos que tratam do reajuste salarial.
A deputada falou sobre os projetos apresentados pelo governo para correção dos salários dos funcionários públicos. Ela foi bastante sincera, comentando as dificuldades para mudar o projeto, que traz apenas 4% de reajuste salarial, totalmente insuficiente para repor as perdas acumuladas pelos servidores, mas colocou-se à disposição para continuar fazendo a nossa interlocução. Segundo ela, a informação que recebeu da área técnica do Estado é que este percentual representará um gasto de R$ 740 milhões.
Os servidores disseram a Olivia e aos demais deputados da bancada do PCdoB sobre a decepção com a falta de diálogo por parte do governador Jerônimo, que não recebeu os sindicatos para negociar. Houve também as queixas quanto ao Planserv, auxílio-alimentação e também sobre os aposentados.
A deputada Olivia Santana se comprometeu a buscar diálogo com o líder do governo, Rosemberg (PT) e com o governador Jerônimo para apresentar pontos colocados pelas lideranças presentes e dar um retorno ao movimento sobre o pleito de uma nova reunião antes da votação, que pode acontecer nessa terça (09) ou quarta (10).
Ampliar a pressão
O Sindicato reforça a convocação para a categoria estar presente na Assembleia nesta terça (09), a partir das 9h, para ampliar a vigília dos servidores e a pressão sobre a bancada governista na Assembleia. Não vamos entregar esse assunto na bandeja ao governo. Vai ter luta. Todos à Alba.
A pressão já deu um primeiro resultado. Em abril a FespeBahia e os sindicatos associados se reuniram com a direção do Planserv para cobrar a ampliação do investimento do Estado no plano. No governo Rui Costa essa injeção de recursos caiu de 4% para 2%. Nessa segunda (08), o governo enviou um projeto de lei à Assembleia mampliando esse percentual para 2,5%. Não resolve o problema de falta de assistência, em especial no interior, mas ameniza a crise vivida hoje pelo serviço.
Salvador, 08 de maio de 2023 | Boletim 2764