Boletim 1899 – Salvador, 27 de maio de 2019
Depois das gigantescas e vitoriosas manifestações do dia 15 de maio, com paralisação da educação em todo o país, estudantes e professores voltam às ruas nesta quinta (30). É a continuidade da luta contra o corte de verbas para a universidade e contra a proposta de reforma da Previdência.
O movimento de 15 de maio incomodou tanto o governo, a ponto do presidente Bolsonaro convocar manifestações para este domingo. Os atos aconteceram, mobilizando um menor número de pessoas e com pautas atrasadas e que atentam contra a própria democracia e o país, a exemplo do “Fechamento do STF e do Congresso” ou bandeiras como o “Fim da Universidade”.
A luta política entre a cidadania e o retrocesso civilizatório está sendo travada no Brasil, mesmo que de forma não declarada. De um lado a defesa de um país soberano, com boa educação pública, preservação do meio ambiente e direitos como aposentadoria e trabalho decente garantidos para o povo. De outro, a defesa da privatização do ensino, a liberação desenfreada de agrotóxicos, o fim das reservas florestais, a entrega do petróleo aos estrangeiros e da aposentadoria dos trabalhadores aos bancos.
É esta a luta em curso no país. O presidente alimenta o lado da barbárie porque precisa dessa militância atrasada para legitimar um governo desastrado, que em cinco meses não conseguiu apresentar qualquer proposta para resolver os graves problemas nacionais. Pelo contrário, quer resolver a violência com a liberação de armas, melhorar a educação cortando verbas, se relacionar com o legislativo e o judiciário convocando atos para pressionar o STF e o Congresso, além de desmontar toda a estrutura de assistência aos mais pobres, como o ataque aos Mais Médicos, ao Minha Casa Minha Vida, ao Fies e Prouni, entre outras mazelas.
Ao irem às ruas contra as pautas atrasadas desse governo, estudantes e professores carregam consigo o grito de todos que não concordam com a derrocada da nação brasileira e os ataques aos direitos e conquistas do povo. Por isso, o movimento de quinta (30) tem o apoio do Sindsefaz e de todos os fazendários que defendem um país melhor, com serviço público de qualidade e respeito aos trabalhadores.