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Fenafisco e Sindsefaz rechaçam declaração de Paulo Guedes sobre servidores


Boletim 2195 – Salvador, 28 de abril de 2020

O mundo vive uma pandemia, com milhões de infectados por um vírus mortal, centenas de milhares de óbitos, sendo quase 5 mil no Brasil. Momentos extremos como este servem para que as pessoas melhorem do ponto de vista moral e espiritual, evoluindo para uma visão mais humana e social da vida comunitária. Mas isso não parece influenciar as cabeças daqueles que estão no governo federal, que continuam sua escalada de absurdos ataques aos trabalhadores e aos servidores públicos.

Sob o comando do Ministério da Economia, o governo Bolsonaro editou duas medidas provisórias (927 e 936) que atacam direitos dos trabalhadores da iniciativa privada e garantem vantagens apenas para os patrões. Agora, Paulo Guedes mira sua artilharia perversa contra os servidores públicos. Disse ele: “O servidor público não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego”. Essa fala de agora vem depois de há 2 meses ele ter se referido aos funcionários públicos como “parasitas”. O ministro sugeriu que os servidores fiquem sem reajuste de salário em 2020 e 2021.

A Fenafisco e o Sindsefaz repudiam veementemente a fala de Paulo Guedes. Para as duas entidades, a fala do ministro visa colocar o servidor público, mais uma vez, como vilão da crise. É um injusto ataque contra um segmento formado por homens e mulheres que estão enfrentando o coronavírus para salvar vidas, nas ruas (policiais), nos hospitais (servidores da saúde), nos postos fiscais, volantes e repartições (fazendários), entre outros.

O mesmo governo federal que ataca os servidores públicos, como os baianos – que estão há 6 anos sem reajuste e com perdas de 32% -, nada faz para diminuir a enorme injustiça fiscal, que faz com que 206 bilionários brasileiros (donos de metade da riqueza nacional) paguem menos impostos que o trabalhador que ganha R$ 4 mil, R$ 5 mil por mês. É o governo que fala em manter o salário do funcionalismo congelado por anos enquanto resiste em taxar os lucros e dividendos de grandes empresários, que hoje pagam 0% de imposto.

Para a Fenafisco e o Sindsefaz, o governo Bolsonaro é responsável pelas políticas econômicas que potencializaram os efeitos da pandemia, uma vez que a covid-19 emergiu em um momento em que a economia brasileira estava paralisada e o dólar já se achava em disparada. Enquanto os principais países do mundo aumentam o gasto social e fortalecem o Estado para proteger vidas, manter empregos e sair da pandemia com capacidade para retomar o crescimento econômico, o Brasil mantêm-se preso a uma política fiscalista que só favorece bancos e especuladores.

Para se ter uma ideia, o governo da Alemanha aplicará 35% do PIB de recursos do tesouro para salvar sua economia e garantir o trabalho durante a pandemia de coronavírus. O Reino Unido aplicará 17% e os EUA 12%. Na contramão, o Brasil investirá apenas 7% do seu PIB, pois na política econômica regressiva e de morte do Palácio do Planalto, vidas e empregos são o que menos importa.

Os servidores públicos repudiam Paulo Guedes e Bolsonaro. A categoria vai continuar cumprindo seu papel social e atendendo as necessidades do povo brasileiro, para quem este governo não dá qualquer atenção.

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