Na noite de sexta (20), foi concluído, no Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, o julgamento dos envolvidos no assassinato de Laércio Luiz Macedo Campos. O colega foi Agente de Tributos da Sefaz e na época de sua morte estava lotado na SAT/DAT Metro/IFMT Metro. Ele foi vítima de uma emboscada no dia 04 de dezembro de 2017.
Foram condenados os mandantes Dorival de Castro Macedo Neto e Matheus Meireles Macedo, empresários na cidade de Ruy Barbosa, apontados pelas investigações como os mentores do crime. E também Wagner Ferreira dos Santos (falecido), autor dos tiros que atingiram Laércio, além de Igor Oliveira Guimarães, que dirigia a moto usada para concretizar o ato criminoso.
A justiça determinou a cada um dos réus a pena de 14 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Os condenados já se encontram presos e recolhidos para início do cumprimento da pena imposta, uma vez que recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que deve ser iniciada a execução da pena logo após a condenação pelo Tribunal do Júri.
A decisão, mesmo sete anos após o crime, traz à família de Laércio e aos seus amigos um sentimento de justiça. Evidente que nenhuma pena, por maior que seja, substituirá a falta do pai, irmão, tio, filho, colega ou amigo. Mas em um país onde as brechas no sistema jurídico e, muitas vezes, a força do poder econômico, prevalecem, o resultado encerra um ciclo de luta pela culpabilização dos mentores e autores do bárbaro crime.
Salvador, 23 de setembro de 2024 | Boletim 3035