Na segunda (07) foi comemorado o Dia Mundial da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aproveita a passagem da data para promover um debate internacional sobre ações no setor. Para este ano, o tema trazido pelo organismo é “Cobertura Universal de Saúde”, destacando o compromisso global de garantir que todas as pessoas tenham acesso a serviços essenciais de saúde, sem enfrentar barreiras financeiras ou sociais, como já acontece no Brasil com o Sistema Único de Saúde (SUS), acessível a todos.
A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) propôs para a região uma campanha sobre saúde materna e neonatal. Com o tema “Inícios Saudáveis, Futuros Esperançosos”, a ideia é chamar a atenção de governos e organizações para a importância de cuidar bem das mulheres e dos recém-nascidos, garantindo mais saúde e qualidade de vida a longo prazo.
Infelizmente, os números ainda assustam. Segundo a OMS, cerca de 300 mil mulheres morrem todos os anos por complicações na gravidez ou no parto. E mais de 2 milhões de bebês não sobrevivem ao primeiro mês de vida. Isso mostra o quanto é urgente investir em ações que mudem essa realidade.
No Brasil, o SUS tem um papel fundamental nessa missão. Maior sistema público de saúde da América Latina e referência internacional em acessibilidade à saúde de forma gratuita, oferece exames pré-natais, partos humanizados e cuidados essenciais para os recém-nascidos, especialmente para a população em situação de vulnerabilidade.
A Rede Cegonha, criada em 2011 pelo Ministério da Saúde, foi fundamental para oferecer um cuidado mais completo e humanizado a gestantes, mães e bebês — com foco em acolhimento, prevenção de complicações e incentivo ao aleitamento materno. Em muitas regiões, onde o SUS é a única opção de atendimento, esse suporte faz toda a diferença. Em 2024, o programa foi reestruturado e deu origem à Rede Alyne, que busca reduzir em 25% as mortes maternas até 2027. A nova iniciativa homenageia Alyne Pimentel, que faleceu em 2002 por falta de assistência adequada durante a gestação. Fortalecer o SUS é essencial para garantir vidas e futuros mais justos.
Para o Sindsefaz, que atua diariamente na defesa dos direitos dos fazendários e da cidadania, o Dia Mundial da Saúde é mais do que uma data simbólica: é um chamado à reflexão coletiva sobre a importância de políticas públicas comprometidas com a vida.
O tema deste ano — Inícios Saudáveis, Futuros Esperançosos — dialoga diretamente com a luta histórica do sindicato por um serviço público forte e acessível, em especial na área da saúde. Valorizar os servidores da saúde, ampliar investimentos e garantir o acesso igualitário aos cuidados desde a gestação é essencial para construir um país mais justo e saudável para todos.

Salvador, 8 de abril de 2025 | Boletim 3146