Boletim 1760 – Salvador, 26 de setembro de 2018
Ainda não vai ser pelos próximos meses que os fazendários que trabalham nos postos fiscais das DATs Sul e Norte serão atendidos pelo serviço de cozinheiras(os), deixando assim de pagar do seu bolso para poderem se alimentar enquanto cumprem seu plantão. A julgar pelo visível desinteresse do Gabinete da Sefaz em resolver o problema, é melhor sentar, para não cansar, de tanto esperar.
O processo licitatório – n° 013.1322.2018.0003734-22 -, que passou mais de dois meses na Secretaria da Administração esperando apenas por um parecer, voltou à Sefaz. Encontra-se há três semanas no setor de Gasto Público, agora esperando novo parecer. E enquanto a solução do problema fica emperrado na burocracia do governo (ou na falta de vontade de resolver), os fazendários dos postos fiscais têm que se deslocar à cidade ou restaurante mais próximo para poderem tomar café, almoçar ou jantar, pagando combustível e alimentação do próprio bolso.
Para completar, a Sefaz ainda proibiu os colegas de contratarem as cozinheiras por conta própria. Para economizar e por uma questão de comodidade, o pessoal fazia a vaquinha e pagava o serviço. Há alguns meses a Secretaria determinou que isso não mais acontecesse.
Há uma opinião de colegas do Trânsito de Mercadorias que a falta de interesse em resolver este problema está no mesmo pacote pregado por aqueles que defendem, na Sefaz-BA, acabar com os postos fiscais. E, como sabe-se que esses têm muita influência na atual gestão da Secretaria, tal perspectiva toma ares de verdade.
É hora de o Gabinete da Sefaz mostrar que não é isso. Se mês que vem o Sindsefaz voltar a produzir matéria sobre este mesmo assunto, vai passar a impressão que não há mesmo interesse em resolver. Ou, o que não é menos pior, não consegue resolver sequer uma simples licitação para contratar cozinheiros, haja vista que já se vão dois anos com esta pendência.