Boletim 1806 – Salvador, 19 de dezembro de 2018
Espalhar inverdades através de panfletos apócrifos é uma prática de covardes e mentirosos. É o caso dos autores de uma publicação que circula na Sefaz por estes dias afirmando que o Sindsefaz abriu uma guerra contra os auditores fiscais e assumiu a gestão da Fazenda no período 2007-2012.
Como este método covarde de ação política não é praticado pelo Sindsefaz, que sempre assume suas opiniões em seus boletins, informes e publicações, deixamos novas adjetivações sobre tal comportamento à imaginação dos leitores e vamos responder apenas às mentiras expostas no panfleto.
Guerra
O Sindsefaz nunca fez guerra contra os auditores fiscais. Pelo contrário, sempre trabalhou ativamente por este segmento da categoria, tendo conquistado durante o governo Wagner a instituição do Teto de Desembargador na Bahia e os ganhos salariais que beneficiaram até aqueles que já não eram filiados a nossa entidade.
Há uma história do Sindicato em defesa dos auditores, de mais de duas décadas, que mentiras deslavadas não podem descontruir. E isso se confirmou agora, quando os Gabinetes da Sefaz, da Saeb e do governador Rui Costa intentaram contra o Teto. Lá estava o Sindsefaz, atuando firme em defesa deste direito.
Lembre-se, possuímos quase 1000 auditores fiscais, da ativa e aposentados, em nossa relação de filiados. Só uma organização “brancaleônica” atuaria contra sua própria base. Não é nosso caso, a vida mostra.
Gestão
Também é mentira que o Sindsefaz tenha assumido a gestão da Sefaz entre 2007 e 2012. Somos uma entidade sindical que preza sua independência em relação aos governos. Se é natural para outras organizações (assumida nos microfones, para a desmoralização pública do governo e do atual secretário) misturar ação sindical com ocupação de cargos, isso não pode ser dividido conosco.
O que aconteceu entre 2007 e 2012 é que o Sindsefaz aproveitou a instituição de relações de trabalho modernas na Sefaz por parte do secretário Carlos Martins e sua equipe, situação que não existe mais hoje, para conquistar avanços em prol de todos os fazendários. E o grupo Fisco, do qual os auditores fazem parte, foi bastante beneficiado (veja gráficos abaixo).
Arrecadação
No que diz respeito a arrecadação neste período citado, como o Sindsefaz não tinha ingerência sobre a gestão da Fazenda, temos apenas a comentar que números lançados ao vento não conseguirão esconder algo que é patente: a arrecadação da Bahia patina desde 2015.
Lamentavelmente, por falta de planejamento, competência, responsabilidade e, talvez, outros motivos de cunho político (que cabe ao governador Rui Costa se preocupar), a Bahia inverteu após 2015 a linha de ascensão da arrecadação, mesmo com elevado aumento de ICMS e seguidos Refis. E quem está sofrendo com isso são os servidores públicos, que acumulam grandes prejuízos, com perdas salariais de mais de 25% desde 2013.
Por fim
Sabemos a origem do panfleto apócrifo e o seu fim. Mas, assim como não entendemos de covardia e leviandade, o apego por cargos de chefia na administração não norteia a vida de quem constrói a história de nossa entidade.