Por Redação Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Desde as 22h de ontem está suspensa a emissão de novos passaportes. A Polícia Federal anunciou que os agendamentos podem continuar a ser feitos normalmente, mas não há data para a entrega dos documentos. Em nota, afirmou que “não há previsão para entrega do passaporte solicitado enquanto não for normalizada a situação orçamentária”. E que “a medida decorre da insuficiência do orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem”. Não há prazo para normalização do serviço.
O problema se agrava ainda mais por conta da proximidade das férias de julho e em meio a uma verdadeira guerra entre a PF e o governo federal. Após as investigações contra o presidente Temer, foi nomeado novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, que disse não garantir a continuidade do delegado chefe da PF, Leandro Daiello. Jardim também disse a sindicalistas que faz parte de seus planos promover mudanças na cúpula do órgão e colocar em outra instituição funcionários que cuidam de funções como emissão de passaportes e controle de estrangeiros.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Fenapef, Carlos Eduardo Sobral, em frase citada pelo UOL, responsabilizou diretamente o governo Temer. “Sem a previsão orçamentária, fica difícil a renovação de contratos e convênios. Foi o que ocorreu nesse caso. O contrato acaba e não há dinheiro para renovar. Não foi possível fazer contrato com a Casa da Moeda”, afirmou.
Boa parte do problema ocorre também porque com a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, em seis meses triplicou a quantidade de aposentadorias no órgão, segundo a Fenapef.