Boletim 2135 – Salvador, 03 de fevereiro de 2020
Temos a lamentar a forma autoritária com que o governo encaminhou a votação da PEC 159. Mas também é preciso trazer luz ao comportamento acrítico dos deputados da base de apoio do governo, inclusive pertencentes a partidos que historicamente trilharam batalhas junto com os servidores.
Com exceção da deputada Olívia Santana (PCdoB), que desde o início forçou a negociação, os demais pouco se esforçaram para nos ajudar. Ela, inclusive, se retirou da votação após o Estado colocar a polícia de choque contra os sindicalistas. Justificou depois que mesmo sendo da base do governo, não poderia participar da sessão às escondidas e referendar um processo no qual não houve abertura para o debate.
Destaque também, na oposição, para o deputado Hilton Coelho (PSol), que não fez o jogo de cartas marcadas dos deputados dos demais partidos que se opõem a Rui Costa. Foi o único a discursar contra o texto durante a sessão final. Os demais oposicionistas aceitaram a dispensa de formalidades e se calaram na votação, para que a PEC fosse aprovada antes da meia-noite, ainda no dia 31. Caso passasse desse horário, o governo não poderia votar a matéria na convocação extraordinária.