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Teto salarial, aposentadoria e outros direitos dos servidores estão em risco


Boletim 1766 – Salvador, 10 de outubro de 2018

Virou rotina os servidores públicos serem sempre o alvo das políticas de contenção de gastos. Porém, em governos conservadores e/ou autoritários, isso é uma realidade que toma contornos extremos. Por exemplo, nos oito anos de governo FHC, o funcionalismo foi massacrado com o arrocho salarial e com o corte de conquistas históricas.

Agora, novamente, os direitos dos servidores públicos estão em risco. Na esteira do radicalismo, que recebeu quase 50 milhões de votos no primeiro turno das eleições presidenciais, alojam-se propostas como a reforma da Previdência, para alongar ainda mais o prazo para a aposentadoria ou impedir que avanços e ganhos adicionais sejam incorporados pelos funcionários públicos. Isso sem falar na desvinculação do teto salarial de algumas carreiras, como a do auditor fiscal, que hoje é o vencimento do ministro do STF no plano federal e do desembargador do TJBa, no caso da Bahia. Sobre isso, veja fala de Jair Bolsonaro ao jornal Valor Econômico.

Os fazendários, bem como todos os servidores públicos, precisam estar atentos para não serem atropelados pela maré conservadora que alimenta parcelas do eleitorado. Ainda não nos livramos do governo golpista de Temer, que tentou nos impor a reforma da Previdência e já temos no parabrisa a possibilidade de um governo que pode retomar a agenda neoliberal de maneira mais incisiva. Neste vídeo, é possível ver o que esse pensamento reserva para as universidades federais, que são os únicos centros de produção de ciência no país e que serão privatizadas em um governo de feição extremo-direitista. 

Como se pode observar, corremos o risco de ter pela frente tempos sombrios, com ataques aos serviços públicos e aos seus trabalhadores. Importante salientar que o deputado Jair Bolsonaro, que saiu do primeiro turno como favorito a ser o próximo presidente do Brasil, votou a favor de propostas do governo Temer como a reforma Trabalhista e a PEC 55 (que congelou os gastos públicos por 15 anos). São pistas que mostram qual rumo um possível governo dele vai seguir.

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